Algumas pessoas simplesmente consideram-se melhores do que todas as outras. Esse tipo de comportamento pode ser muito desagradável, mas ele existe e é tão imponente que, às vezes, consegue em alguns segundos fazer as outras pessoas se sentirem inferiores.
Outra característica de quem acredita estar num nível mais elevado que os outros é o seu ar de petulância e superioridade por se considerar extremamente sábia, por isso tem a necessidade de estar sempre a falar das suas grandes conquistas e de como é o seu incrível dia-a-dia.
Todos estes aspectos indicam que essa pessoa sofre de algo que chamamos de Complexo de Superioridade, já ouviu falar?
Neste artigo, vamos falar um pouco mais sobre ele, continue a ler.
O que é o complexo de superioridade?
Complexo de superioridade é um tipo de conduta que se caracteriza por atitudes snobes.
Quem sofre com esse complexo tem uma opinião exagerada sobre si mesmo e por isso, acredita que é de alguma forma superior aos que estão ao seu redor, com melhores habilidades e maiores conquistas.
Um psicólogo chamado Alfred Adler foi o primeiro a descrever esse tipo de comportamento e deu o nome de Complexo de Superioridade.
Segundo ele, essa conduta é um mecanismo de defesa para esconder os sentimentos de inferioridade que são tão comuns ao ser humano. Por isso, toda essa situação onde se exalta qualidades, habilidades e realizações, serve apenas para compensar um lado inseguro e fugir dos sentimentos que o fracasso pode trazer.
Sintomas do complexo de superioridade
A principal característica de quem sofre com o complexo de superioridade é acreditar ser superior a todos, mais inteligente, mais eficiente, mais competente, mais capaz, etc.
É importante destacar que esse aspecto básico acompanha a pessoa em todas as esferas da sua vida, sejam elas pessoais ou profissionais.
Quando sentem que não são mais o centro das atenções, ou quando são diretamente confrontados, tendem a reagir de maneira agressiva. Usam os seus comentários sarcásticos e desagradáveis para colocar os outros no lugar onde “pertencem” e retomar o comando de qualquer situação.
Conviver com quem tem o complexo pode ser extremamente desafiador e até mesmo prejudicial, afinal esse comportamento não permite que uma relação de equidade entre duas pessoas exista, pois uma vai acreditar ser melhor que a outra, acabando com qualquer oportunidade de crescimento mútuo que um relacionamento normalmente proporciona.
Acontece que a causa desse comportamento tão complicado é exatamente o seu oposto, uma grande quantidade de insegurança. O indivíduo tem uma autoconfiança tão baixa que precisa de estar sempre a demonstrar superioridade.
Por isso, listamos aqui alguns sintomas que são recorrentes no complexo.
- Está sempre a gabar-se de todas as suas conquistas na vida
- Minimiza as realizações das outras pessoas
- Enxerga de maneira exagerada as suas próprias qualidades e habilidades
- Tem a necessidade de se sentir reconhecido sempre
- Acredita que para ser aceite precisa de ser relevante
- Tende a ser exageradamente perfeccionista
- Não lida bem com críticas
- Não reconhece os seus próprios erros
Toda essa insegurança normalmente está relacionada com uma baixa autoestima, o que pode ser resultado de bloqueios originados no período infantil ou na juventude.
Como superar o complexo de superioridade
Identificou os sintomas em si mesmo ou em outra pessoa próxima? Fique tranquilo, pode ser bem desafiador romper com o complexo de superioridade, mas é um processo necessário para conquistar uma vida mais plena e com relacionamentos saudáveis.
Para começar, é preciso reconhecer que se trata de um autoengano. Acreditar em algo que não reflete em nada a realidade é enganar-se a si mesmo.
Quem constrói essa imagem idealizada de si demonstra que precisa de trabalhar o autoconhecimento e a autoaceitação. Duas habilidades mais que importantes para a superação do complexo de superioridade.
Por isso, é essencial procurar a ajuda de um profissional especializado, para que se possa encontrar a origem do comportamento, e assim começar o processo de reconciliação com quem se é verdadeiramente. Entender que temos limitações, que também erramos, e que nada disso nos faz ser uma pessoa pior ou menor do que os outros, é primordial nessa jornada.
Isso possibilita a construção de uma autoestima mais positiva e equilibrada, que não é dominada pela insegurança.
Essa caminhada de procura da superação vai ser o ponto inicial da transformação de comportamento, fazendo com que pouco a pouco os relacionamentos também caminhem em direção à harmonia. Afinal, a pessoa passa a entender que para se encontrar e se amar, ela não precisa diminuir os outros, ambos podem brilhar.
Vamos deixar aqui duas dicas que podem ajudar, se acredita que precisa de vencer esse obstáculo.
Amplie a sua visão
É preciso compreender que o fato de estar certo não significa que todas as outras pessoas estejam erradas, podem existir diversas perspectivas sobre uma mesma situação e isso não é algo mau.
Assim como a sua felicidade não depende da infelicidade dos outros ou a sua vitória da derrota deles. A satisfação e alegria em viver está disponível para todas as pessoas e isso não faz com que ela seja menor por ser dividida.
Conheça-se a si mesmo
Quem se conhece melhor tem muito mais confiança em si mesmo, pois compreende o tamanho do seu potencial e sabe que ele não depende das outras pessoas e apenas de si.
Olhe para dentro, conheça verdadeiramente quem é, do que é capaz, quais os caminhos que lhe trouxeram até aqui e lembre-se que são exatamente essas coisas que o(a) transformaram num ser único e extraordinário.
Conclusão
É natural que ao longo da jornada estejamos sempre a procurar mostrar a nossa melhor imagem para as pessoas, mas precisamos de nos lembrar de sermos reais e acima de tudo gentis.
Esse sempre para vai ser o melhor caminho para construir relacionamentos harmoniosos e uma vida plena em satisfação.
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