3 Dicas sobre o Estado Emocional das Crianças
Tudo começa na infância!
Será que se lembra de como era e de como os seus pais falavam consigo?
Já parou para se questionar sobre a forma como fala com os seus filhos? Será que há semelhanças?
Por vezes não entendemos o que se passa na nossa vida e nem entendemos o porquê. E se lhe dissermos que tudo começou há muito tempo atrás? Se lhe dissermos que tudo começou na sua infância? Acha possível?!…
Com este artigo pretendemos dar algumas dicas para o ajudar a compreender o que se pode estar a passar com o seu filho ou com as crianças à sua volta e também, com o que possa ter acontecido consigo!
No dia-a-dia das crianças, acontecem pequenas coisas que devemos considerar como pequenos alertas de que algo pode estar menos bem com o estado emocional dos nossos filhos.
Podem também ser pequenos comportamentos que aprendemos quando éramos crianças e que ainda hoje façam parte da nossa vida, e que podem ser melhorados.
Dica 1 – Ajude a criança a erguer-se
De cada vez que observarmos uma criança com a cabeça baixa, sempre de olhar baixo sem estar muito feliz, significa que ela está a entrar em diálogo interno, o que nos diz que por algum motivo ela está a ficar triste.
Pode estar relacionado com alguma discussão que possa ter existido entre os pais, alguma questão na escola, bullying, entre outros. Isto faz com que ela comece a ficar reflexiva e em diálogo interno, fechando-se em si mesma.
Neste caso, cada vez que formos falar com a criança, devemos baixarmo-nos à altura dela para que possamos olhar ao mesmo nível, e para que ela não seja obrigada a olhar para nós de baixo para cima e ficar assustada.
É importante ficar ao mesmo nível da criança e fazer com que ela perceba a ligação entre si e ela.
Depois de conseguir criar essa ligação, ajude a criança a erguer-se!
Dica 2 – A sua agitação reflete-se na criança
Crianças que estão sempre muito irritadas e que são muitas vezes tidas como hiperativas, provavelmente estão a vivenciar uma grande agitação em casa: algum conflito entre os pais, alguma dinâmica que não está a correr bem em casa.
Este ambiente faz com que as crianças fiquem muito agitadas e provavelmente a criança não está só neste comportamento, os pais e/ou quem rodeia a criança também.
Este tipo de agitação no adulto, pode surgir por existir um conflito no trabalho, discussões com colegas de trabalho, conflitos conjugais… todas estas inquietações estão a passar diretamente para a criança e ela é o reflexo dessa mesma agitação.
Pare um pouco, respire e pense se o que o deixa agitado tem mesmo que ser assim. Tire um tempo para si para que possa descontrair e resignificar o que tanto o importuna.
Dica 3 – Deixe a criança viver
Pais que estão constantemente a reprimir as crianças – a criança é um ser livre. Ela precisa de ser livre, vibrar, viver… isso faz parte da vida dela!
A criança precisa de criar, estar livre, brincar e muitas vezes os pais olham para as crianças, quando estas estão a ser livres, com um ar de repreensão o que origina o que é designado como “criança adaptada”.
A “criança adaptada” é aquela criança que deixa de ser livre e passa a fazer apenas aquilo que os pais querem que ela faça.
Estas crianças na maioria das vezes, tornam-se em adultos que estão sempre à espera do aval dos outros, estão sempre à espera da validação de alguém para fazer qualquer coisa na sua própria vida.
Para evitar isso, deixe o seu filho viver: deixe-o saltar, pular, gritar, viver… ao reprimir de forma constante uma criança, estamos a afastá-la da sua própria essência.
Ela tem que aprender os limites de acordo com a sua própria vida e não para ser o reflexo dos nossos traumas e deceções, e na maioria das vezes, quem reprime a criança está mais preocupado em importunar alguém do que propriamente com o bem estar da criança.